- (54) 3342-0944
- (54) 3342-8740
- (54) 9104-9625
Reforma tributária: o impacto do split payment
*Yvon Gaillard, economista e CEO da Dootax
Você já ouviu falar em split payment? O termo tem ganhado destaque nos últimos tempos devido à proposta de reforma tributária que avança no Brasil. Destinadas a modernizar e otimizar a economia do país, as mudanças na captação de impostos visam tornar o sistema tributário mais simples e eficiente, corrigindo distorções e reduzindo desigualdades. Dentro das transformações, uma das inovações é justamente o split payment, mecanismo que promete transformar a maneira como os tributos são recolhidos.
Automatização da cobrança
Isso porque ele será responsável por automatizar a cobrança dos tributos, assumindo um papel essencial para garantir o sucesso da implementação do Imposto sobre Valor Agregado, como será chamada a taxa que unifica os diversos tributos existentes em uma única cobrança. A partir do split payment, no momento da transação de compra, a parte do valor referente ao tributo será automaticamente destinada à liquidação da obrigação tributária, enquanto o fornecedor receberá o valor líquido da operação.
Dessa forma, o recurso será crucial para garantir que o imposto seja recolhido de forma automática e imediata, reduzindo significativamente as chances de evasão fiscal e práticas fraudulentas. Afinal, o sistema garante que apenas o valor efetivamente recolhido seja considerado para crédito tributário, reduzindo as discrepâncias e sonegações.
Simplificação e justiça fiscal
Podemos afirmar que a adoção do split payment surge como uma resposta às complexidades do sistema tributário atual, onde cinco impostos diferentes estão sendo unificados em apenas dois sob o regime do IVA: a Contribuição sobre Bens e Serviços, de competência federal, substituindo PIS, Cofins e IPI; e o Imposto sobre Bens e Serviços, gerido por estados e municípios, que substituirá o ICMS estadual e o ISS municipal.
Tais mudanças assumem o potencial de simplificar drasticamente o processo tributário, fazendo com que os impostos sejam cobrados somente sobre o valor adicionado em cada etapa da cadeia produtiva e já no local de consumo. Até por isso, o uso do mecanismo não apenas facilita a administração dos impostos, mas também mira a justiça fiscal, ao assegurar que todos paguem sua parte.
Preparação empresarial
Para as empresas, preparar-se desde já para as mudanças previstas com a reforma tributária é fundamental. Embora o período de transição esteja previsto entre 2026 e 2032, entender o impacto das novidades antecipadamente é crucial visando preparar a companhia para o novo cenário.
A adaptação inclui entender profundamente o funcionamento do split payment, atualizar sistemas de gestão fiscal, buscar por soluções tecnológicas preparadas para esse mecanismo e treinar equipes para operar a partir da nova premissa. As companhias que anteciparem essas mudanças poderão evitar complicações legais, assim como se beneficiar de um sistema mais justo e eficiente.
*Yvon Gaillard é cofundador e CEO da Dootax, primeira plataforma de automação fiscal do Brasil. Com mais de 15 anos de atuação no mercado, o executivo é um dos principais personagens na revolução do sistema fiscal do país. Economista formado pela FAAP e com MBA pela Business School São Paulo, liderou projetos em empresas como Gol Linhas Aéreas e Thomson Reuters.
INDICADORES FINANCEIROS
Indicadores diários
Compra | Venda | |
---|---|---|
Dólar Americano/Real Brasileiro | 5.8066 | 5.8096 |
Euro/Real Brasileiro | 6.67111 | 6.68896 |
Atualizado em: 22/04/2025 06:27 |
Indicadores de inflação
01/2025 | 02/2025 | 03/2025 | |
---|---|---|---|
IGP-DI | 0,11% | 1,00% | -0,50% |
IGP-M | 0,27% | 1,06% | -0,34% |
INCC-DI | 0,83% | 0,40% | 0,39% |
INPC (IBGE) | 0,00% | 1,48% | 0,51% |
IPC (FIPE) | 0,24% | 0,51% | 0,62% |
IPC (FGV) | 0,02% | 1,18% | 0,44% |
IPCA (IBGE) | 0,16% | 1,31% | 0,56% |
IPCA-E (IBGE) | 0,11% | 1,23% | 0,64% |
IVAR (FGV) | 3,73% | 1,81% | -0,31% |