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Morre o SEO. Nasce o GEO: o fim da homepage como conhecemos
Nos últimos anos, a Inteligência Artificial deixou de ser promessa para virar interface. E, com ela, a forma como buscamos, consumimos e interagimos com conteúdo
Nos últimos anos, a Inteligência Artificial deixou de ser promessa para virar interface. E, com ela, a forma como buscamos, consumimos e interagimos com conteúdo mudou drasticamente - e muito mais rápido do que imaginávamos.
O Google já exibe resumos automáticos direto no topo da busca. O ChatGPT responde perguntas com contexto e clareza. E a consequência é simples: a informação está deixando de viver nas páginas e passando a viver nas respostas.
Essa virada já afeta o comportamento do usuário: de acordo com um estudo da SparkToro, 58,5% das buscas no Google nos EUA são zero-click searches - ou buscas que não resultam mais em cliques. Ou seja: mais da metade das pessoas não acessam nenhum site, seja porque não encontraram o que procuravam e fizeram uma nova busca, ou porque o que elas precisam já foi entregue pela IA no topo da página de resultado.
A lógica que reinava desde o fim da década de 90 se inverteu. Antes, o conteúdo era publicado e a audiência vinha, era só produzir conteúdo em volume suficiente para ter uma boa indexação. Ao longo de quase 30 anos, se construiu um conjunto de regras e uma “maneira de produzir conteúdo” voltados para essa lógica, com impérios sendo construídos em cima desse “manual”. Agora, a pergunta vem primeiro e o conteúdo só aparece se for relevante o suficiente para ser convocado por um sistema de IA.
O impacto disso? Imenso.
Alguns exemplos do que já está acontecendo?
Sites como conhecemos estão perdendo o protagonismo. Se a resposta já vem no buscador ou no chat, o clique na sua homepage pode nunca acontecer. Empresas estão repensando completamente a função de seus sites, deixando de tratá-los como vitrine estática e os transformando em repositórios estruturados de informação otimizados para serem lidos por robôs, não apenas por humanos.
O conteúdo está sendo adaptado para respostas diretas, já que o novo ouro é a resposta objetiva. Sites que estruturam seu conteúdo com perguntas frequentes, textos diretos e linguagem natural estão saindo na frente. A velha lógica de encher de palavras-chave perdeu o valor. Agora, é preciso responder de verdade.
O SEO tradicional está perdendo relevância e nasceu o GEO (Generative Engine Optimization), com a necessidade de otimizar conteúdo para ser citado, interpretado e reaproveitado por modelos de linguagem como o ChatGPT, Perplexity ou Claude. Isso inclui clareza, contexto, fontes explícitas e estrutura lógica. Quem escreve só para humanos vai sumir desse novo banco de dados invisível.
E não menos importante: canais de aquisição tradicionais correm um risco sério de morrer. Se você investe pesado em uma estratégia de inbound marketing, acreditando que o seu conteúdo vai atrair tráfego que será convertido em potenciais leads comerciais, tome cuidado. Quando todo seu conteúdo aparece de forma destilada numa busca de texto, não existirá o formulário de “entre em contato para saber mais”.
Mas, e a publicidade, como fica? Essa nova forma de buscar informação também muda radicalmente o marketing digital.
Durante a temporada de festas de fim de ano 2024, nos EUA, a Adobe reportou que o tráfego vindo de assistentes de IA generativa para sites de varejo cresceu 1.300%. Isso significa que os usuários estão cada vez mais confiando nas recomendações das IAs e nem sempre chegam a visitar o site oficial da marca. Pense num prompt: “o que posso dar de presente de Natal para um familiar que custe até R$ 100,00?”, ou “quero um computador bom para jogar e trabalhar que custe até R$ 3.000,00”.
Mais preocupante ainda: uma pesquisa recente da Forbes revelou que 40% dos consumidores confiam mais em respostas geradas por IA do que em anúncios pagos. Se o seu banner está no site que o usuário não clicou, sua marca desapareceu da jornada de decisão sem que você nem percebesse.
O que fazer agora?
Estamos entrando na era da busca invisível. A informação que vale é a que é citada, mesmo que ninguém veja seu site. Para navegar nesse novo cenário, empresas precisam se adaptar com urgência, e aqui vão alguns potenciais caminhos iniciais:
- Otimize seu site para IA, não apenas para pessoas. Use marcações semânticas, dados estruturados e conteúdo escaneável por robôs. Ferramentas como JSON-LD, schema.org e estrutura de heading clara são essenciais.
- Reescreva conteúdo pensando em respostas, não em visitas. Adapte seus textos para responder perguntas específicas, com clareza e profundidade. Estruture seu conteúdo em formato de tópicos, perguntas frequentes e explicações diretas.
- Implemente estratégias de GEO. Invista em conteúdo que se sustente sozinho: atualizado, útil e com contexto claro. Modelos de IA adoram isso e vão citar sua fonte nos resumos, mesmo que ninguém clique.
Estamos vivendo uma transição silenciosa, mas radical. Quem entender o jogo agora ainda tem tempo de se adaptar e sair na frente. Quem insistir nas regras antigas, vai sumir dos resultados, mesmo que tenha um site lindo e otimizado. A pena é que ninguém irá visitar.
A nova homepage é uma resposta e ela precisa vir pronta para ser lida por uma máquina.
Leandro Navatta é fundador e CTO da Pixel Roads
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Atualizado em: 13/06/2025 06:03 |
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