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Empresas no Brasil devem reduzir bônus em 2009

A crise financeira deverá afetar o valor dos bônus em 2009 também no Brasil. Um estudo feito pela consultoria Towers Perrin com 132 empresas, com faturamento entre R$ 500 milhões e R$ 5 bilhões, que atuam no país revela que 24% das organizações acreditam que precisarão reduzir o orçamento destinado aos bônus no ano que vem e outros 36% ainda estão estudando se farão cortes, que podem ser tanto no valor como no número de beneficiados. "A recomendação é que as empresas mantenham os bônus para os executivos de alta performance, mesmo que para isso deixem de passar a outros", afirma Felipe Rebelli, sócio da Towers Perrin para a América Latina. Já uma pesquisa da consultoria Mercer mostrou que, no Brasil, os incentivos de longo prazo representam apenas 10% da composição total da remuneração, enquanto nos EUA a fatia chega a 26%. China e Índia, por sua vez, oferecem apenas incentivos de curto prazo, além do salário-base, para seus executivos. Um dado que chama a atenção na pesquisa da Mercer é o de profissionais que receberam bônus superiores a R$ 1 milhão no último ano. Das 323 empresas que atuam no Brasil e participaram do estudo, foram 45 executivos, apenas dois a mais do que em 2007. Comparando com o mercado financeiro, a diferença é brutal: 210 executivos receberam bônus acima de R$ 1 milhão em 2007 e 432 em 2008. E isso em um universo de apenas 46 bancos. Em relação a benefícios, embora não se tenha verificado mudanças relevantes nesse mesmo período, a consultora da Mercer Ana Paula Henriques ressalta que as empresas já começaram a demonstrar preocupação com o encarecimento dos planos de saúde e previdência privada. "A expectativa de vida tem aumentado e o número de idosos na população será bem maior. Esses benefícios passarão por transformações radicais", afirma.

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