Avenida Julio Borella, 805 - Sala 207 - Top Center Avenida, Centro - Marau/RS
  • (54) 3342-0944
  • (54) 3342-8740
  • (54) 9104-9625

Mais do que prestação de serviços...

Uma parceria!

Ata do Copom sinaliza novos cortes da taxa básica de juro

Analistas esperam redução de pelo menos mais 1 ponto percentual.

A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) — que na semana passada cortou em 1 ponto percentual a Taxa Selic, para 10,25% ao ano — indica que o Banco Central (BC) continuará a reduzir os juros, ao menos no próximo encontro, em junho. Para o colegiado, apesar dos sinais de recuperação das economias brasileira e global, o ritmo da atividade ainda é fraco, aqui e lá fora. Consequentemente, não há pressões inflacionárias. Porém, o BC advertiu no documento, de forma velada, que resolver a questão da remuneração da poupança é elemento-chave para a continuidade da queda dos juros.

O texto, divulgado ontem pela autoridade monetária, reforça que "a continuidade do processo de flexibilização monetária torna premente a atualização de aspectos, resultantes do longo período de inflação elevada, que subsistem no arcabouço institucional do sistema financeiro nacional". A frase é bastante similar ao alerta que o presidente do BC, Henrique Meirelles, fizera na véspera, em videoconferência com empresários gaúchos.

Com os cortes na taxa básica, a caderneta de poupança tem se tornado mais rentável do que as aplicações em outros fundos de investimento, preocupando o governo.

" O Copom usou o termo 'premente' para explicitar o interesse, a necessidade e a urgência de uma solução para a poupança que viabilize os novos cortes. É claro que o Comitê não ficará limitado por isso, mas ele sempre evita tomar decisões que causem distorções na economia", analisou o estrategista-sênior do banco WestLB, Roberto Padovani, que aposta em nova queda de 1 ponto na próxima reunião.

Na avaliação macroeconômica, que já leva em consideração a redução da meta de superávit primário (a economia do governo para pagar os juros da dívida) de 3,8% para 2,5%, a ata considera que houve leve redução, "ainda incipiente e sujeita a reversão", da aversão dos agentes financeiros ao risco, com retorno do movimento nas bolsas, com impacto nos preços de ações e "commodities". Além disso, o aumento do fluxo de capitais tem causado a alta da cotação das moedas emergentes – o real entre elas – em relação ao dólar.

O Copom, no entanto, ressalta que a evolução dos preços em diversas economias aponta para uma signficativa redução das pressões inflacionárias. Nos cálculos do Comitê, mesmo com a pequena melhora na produção industrial nos últimos meses, a "margem de ociosidade dos fatores de produção não deve ser eliminada rapidamente em um cenário de recuperação gradual da atividade econômica". Neste ambiente, o setor produtivo conseguiria ampliar a oferta de bens na medida em que haja recuperação da demanda, sem pressionar a inflação.

Segundo o economista-chefe da Corretora Concórdia, Elson Teles, o BC deixou claro que continuará a afrouxar a política monetária no parágrafo 23 da ata. "O cenário é tranquilo neste sentido, com todas as projeções de inflação ao final do ano apontando para patamares abaixo da meta de 4,5% pelo IPCA."

INDICADORES FINANCEIROS

Indicadores diários

Compra Venda
Dólar Americano/Real Brasileiro 5.7638 5.7658
Euro/Real Brasileiro 6.2556 6.2636
Atualizado em: 30/10/2024 16:24

Indicadores de inflação

07/2024 08/2024 09/2024
IGP-DI 0,83% 0,12% 1,03%
IGP-M 0,61% 0,29% 0,62%
INCC-DI 0,72% 0,70% 0,58%
INPC (IBGE) 0,26% -0,14% 0,48%
IPC (FIPE) 0,06% 0,18% 0,18%
IPC (FGV) 0,54% -0,16% 0,63%
IPCA (IBGE) 0,38% -0,02% 0,44%
IPCA-E (IBGE) 0,30% 0,19% 0,13%
IVAR (FGV) -0,18% 1,93% 0,33%