Avenida Julio Borella, 805 - Sala 207 - Top Center Avenida, Centro - Marau/RS
  • (54) 3342-0944
  • (54) 3342-8740
  • (54) 9104-9625

Mais do que prestação de serviços...

Uma parceria!

Maio tem maior fluxo de dólares em 8 meses

Foi o maior saldo desde setembro do ano passado.

Fonte: EstadãoTags: dolar

Fabio Graner

O ingresso de recursos externos pelo mercado de câmbio atingiu US$ 2,06 bilhões na primeira metade de maio, acima do resultado de todo o mês de abril (US$ 1,43 bilhão) e também do mesmo período de maio de 2008 (US$ 1,48 bilhão). Foi o maior saldo desde setembro do ano passado.

O movimento reflete o aumento da confiança e do interesse de estrangeiros no Brasil, que combina relativa estabilidade e solidez com taxa de juros elevadas para os padrões internacionais, e explica porque o real se tem valorizado bastante nas últimas semanas.

Prova disso foi a reversão no fluxo de dólares pelo segmento financeiro, onde são contabilizadas os ingressos de investimentos em títulos, bolsa e também na produção, entre outras operações, como remessas de lucros. Até o dia 15, o câmbio financeiro acumulou ingresso líquido de US$ 1,4 bilhão, ante saída líquida de US$ 3,49 bilhões em abril. Em igual período de 2008, o fluxo financeiro também foi negativo (US$ 1,23 bilhão).

O saldo positivo no financeiro indica a retomada do chamado carry trade, operações em que o investidor toma empréstimo a juro zero lá fora e aplica no ainda alto juro brasileiro, causando a valorização do real. Para alguns setores do governo, o fortalecimento do real reflete o conservadorismo do Banco Central (BC) na redução da taxa Selic na reunião passada do Comitê de Política Monetária (Copom), quando o corte foi reduzido de 1,5 para 1 ponto porcentual.

Segundo uma fonte do BC, essa seria uma visão simplista, pois o câmbio estaria se movimentando mais por fatores como a queda da aversão ao risco e a alta nos preços das commodities. "As pessoas não podem cair no mesmo erro do passado, achando que o câmbio só é influenciado por taxa de juros, o que resultou nos problema de derivativos do ano passado", afirmou a fonte. Além disso, a maior parte dos recursos externos está sendo direcionada para a bolsa, disse.

O economista-chefe do Banco BES Investimento, Jankiel Santos, confirma que o carry trade está voltando por causa da percepção de que o Brasil tem juros atraentes e reservas internacionais que reduzem o risco da economia. Além disso, a situação externa parece melhor, o que favorece o apetite pelo risco. Para Jankiel, embora não seja a variável mais importante da política monetária, a valorização do câmbio pode favorecer um novo corte de 1 ponto na Selic, embora seu cenário básico seja de redução de 0,5 ponto.

O fluxo cambial positivo de maio, no entanto, não significa o fim da crise. "Não diria que a crise acabou, mas o que está ocorrendo dá uma tranquilizada sobre os cenários apocalípticos que vinham sendo traçados por alguns", disse.

INDICADORES FINANCEIROS

Indicadores diários

Compra Venda
Dólar Americano/Real Brasileiro 5.7663 5.7672
Euro/Real Brasileiro 6.2522 6.2602
Atualizado em: 30/10/2024 18:32

Indicadores de inflação

07/2024 08/2024 09/2024
IGP-DI 0,83% 0,12% 1,03%
IGP-M 0,61% 0,29% 0,62%
INCC-DI 0,72% 0,70% 0,58%
INPC (IBGE) 0,26% -0,14% 0,48%
IPC (FIPE) 0,06% 0,18% 0,18%
IPC (FGV) 0,54% -0,16% 0,63%
IPCA (IBGE) 0,38% -0,02% 0,44%
IPCA-E (IBGE) 0,30% 0,19% 0,13%
IVAR (FGV) -0,18% 1,93% 0,33%