- (54) 3342-0944
- (54) 3342-8740
- (54) 9104-9625
Exportações da indústria caem 24% no ano, diz Fiesp
Vendas menores refletem redução do consumo no exterior e enfraquecimento do dólar
DENYSE GODOY
As exportações brasileiras de produtos industrializados tiveram uma queda de 24,1% de janeiro a setembro deste ano na comparação com o mesmo período de 2008, segundo a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), enquanto as vendas externas totais do país recuaram 18,5%. "A redução no comércio de produtos manufaturados é a maior desde o início da década de 1980", disse Roberto Giannetti da Fonseca, diretor do departamento de relações internacionais e comércio exterior da entidade.
Segundo Giannetti da Fonseca, são dois os principais motivos para a baixa: o encolhimento do mercado consumidor em outras nações, devido à crise econômica global, e a apreciação do real em relação ao dólar -neste ano, a valorização chega a 26,43%.
O fortalecimento da moeda brasileira também explica o crescimento das importações. No terceiro trimestre de 2009, a parcela dos bens que vêm de fora consumidos no mercado doméstico atingiu 19%, ante os 18,1% verificados no segundo trimestre. Esse índice é o chamado coeficiente de importação, calculado pela Fiesp.
O coeficiente de exportação -que mede a qual porcentagem da produção industrial do país correspondem as vendas externas- caiu de 22,9% no segundo trimestre para 21,3% no terceiro. Continuando nesse ritmo, essa taxa ficará abaixo do índice de importações ainda neste ano, um fenômeno não observado desde a maxidesvalorização cambial de 1999.
Deficit comercial
Caso o governo não tome medidas para frear o avanço das importações e a diminuição das exportações, Giannetti da Fonseca prevê que o Brasil pode registrar deficit comercial em 2011 numa faixa entre US$ 5 bilhões e US$ 10 bilhões.
Com essa queda, segundo ele, o Brasil deixaria de crescer entre 1,5% e 2% no ano. "Espera-se que vamos avançar 5% em 2010. Isso é bom, mas poderia ser 7%", afirmou.
O departamento de comércio exterior da entidade estima que a taxa de equilíbrio do dólar comercial para que as empresas brasileiras não percam competitividade é de R$ 2 a R$ 2,20.
"O inimigo público número um do país neste momento é o câmbio. Existem outros problemas, como a falta de infraestrutura logística e a carga tributária. Porém, se a questão do real apreciado não for resolvida, de nada adianta solucionar as outras", afirmou Giannetti da Fonseca. Na sua opinião, o governo federal e o Banco Central deveriam agir para estabelecer um intervalo ("banda") para a flutuação da moeda americana, garantindo que não ficasse "nem sub nem sobrevalorizada".
INDICADORES FINANCEIROS
Indicadores diários
Compra | Venda | |
---|---|---|
Dólar Americano/Real Brasileiro | 5.7925 | 5.7935 |
Euro/Real Brasileiro | 6.2956 | 6.3036 |
Atualizado em: 31/10/2024 21:52 |
Indicadores de inflação
07/2024 | 08/2024 | 09/2024 | |
---|---|---|---|
IGP-DI | 0,83% | 0,12% | 1,03% |
IGP-M | 0,61% | 0,29% | 0,62% |
INCC-DI | 0,72% | 0,70% | 0,58% |
INPC (IBGE) | 0,26% | -0,14% | 0,48% |
IPC (FIPE) | 0,06% | 0,18% | 0,18% |
IPC (FGV) | 0,54% | -0,16% | 0,63% |
IPCA (IBGE) | 0,38% | -0,02% | 0,44% |
IPCA-E (IBGE) | 0,30% | 0,19% | 0,13% |
IVAR (FGV) | -0,18% | 1,93% | 0,33% |