O consumo das famílias foi um dos responsáveis por impedir uma queda ainda maior na atividade econômica no ano passado. De acordo com o Indicador Serasa Experian de Atividade Econômica (PIB Mensal), o consumo cresceu 3,9% em 2009, frente a 2008.
Considerando apenas os resultados do último mês do ano passado, o consumo das famílias cresceu 0,4%, após uma queda de 1% em novembro. Na comparação com dezembro de 2008, houve aumento de 9,2% no consumo.
De acordo com o estudo, divulgado nesta quinta-feira (18), a economia do Brasil registrou em 2009 um recuo de 0,1%. Em dezembro, porém, houve aumento de 1,3% na atividade econômica, na comparação com novembro, e de 7,6% frente a dezembro de 2008.
A queda da atividade econômica em 2009 deve-se, principalmente, à queda de 9,5% nos investimentos produtivos (Formação Bruta de Capital Fixo) e no recuo de 10,4% das exportações de bens e serviços.
Demanda no PIB
A tabela abaixo mostra a variação de cada componente da demanda no PIB em dezembro de 2009, na comparação com o mesmo período de 2008 e com novembro de 2009, além da variação acumulada de janeiro a dezembro:
Componente |
Dez 09 / Dez 08 |
Dez 09 / Nov 09 |
Acum. 2009 |
Consumo das Famílias |
9,2% |
0,4% |
3,9% |
Consumo do Governo |
3% |
-0,4% |
3,2% |
FBCF* |
21,1% |
5,9% |
-9,5% |
Exportações de Bens e Serviços |
0,5% |
7,1% |
-10,4% |
Importações de Bens e Serviços |
6,6% |
6,6% |
-11,9% |
(*) FBCF - Formação Bruta de Capital Fixo - representa o investimento em produção, ou seja, o quanto as empresas aumentaram os seus bens de capital (máquinas e equipamentos principalmente) em determinado período.
Oferta no PIB
De acordo com o relatório, considerando a oferta agregada, os destaques em 2009 ficaram com os setores de Agropecuário e Indústria, que recuaram 6,1% e 5,3%, na ordem.
Segundo a Serasa, a queda da atividade econômica só não foi maior por conta do desempenho do setor de Serviços, que registrou crescimento de 2,7% no ano passado.
Sobre o indicador
O indicador Serasa Experian de Atividade Econômica (PIB Mensal) é construído por meio da utilização de técnicas estatísticas conceituadas de desagregação temporal. Segundo a Serasa, o indicador tem periodicidade mensal e visa apresentar a evolução do PIB brasileiro mês a mês.
O indicador será interpretado pelas estimativas mensais desagregando os índices trimestrais, tanto pela ótica da oferta quanto da demanda, dos componentes do PIB trimestral.