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Desemprego é o menor para os meses de março

Taxa é recorde no mês apesar de subir para 7,6%; indicador do primeiro trimestre, que ficou em 7,4%, é recorde de baixa para o período desde 2003

O aumento da procura por uma vaga elevou a taxa de desemprego medida pelo IBGE nas seis principais regiões metropolitanas do País para 7,6% em março, ante 7,4% em fevereiro. Apesar da ligeira alta, a taxa é a menor para meses de março da série histórica iniciada em 2002. Os demais dados do mercado de trabalho no mês são positivos, com aumento no número de ocupados, do rendimento e da formalidade.


O gerente da pesquisa mensal de emprego do instituto, Cimar Azeredo, disse que considera como estabilidade a leve variação na taxa de desemprego apurada entre fevereiro e março. Ele argumenta que não houve variação estatisticamente significativa no período. Azeredo destacou também que, para um primeiro trimestre, a taxa média apurada em 2010, de 7,4%, é a menor desde o início da série (em 2003) para primeiros trimestres. No primeiro trimestre do ano passado, a taxa média de desemprego havia ficado em 8,6%.

Para o gerente, "o cenário que se mostra hoje para o mercado de trabalho é satisfatório". Segundo ele, a taxa de desemprego não caiu de um mês para o outro por causa de um tradicional efeito calendário dessa época do ano, quando ainda há dispensa de temporários contratados no final do ano anterior e aumento da procura por emprego, com a finalização do período de férias e festividades.

Temporários. Como exemplo, Azeredo citou a elevação na taxa de desemprego do Rio de Janeiro, que passou de 5,6% em fevereiro para 6,4% em março, por causa da dispensa dos temporários contratados até o carnaval. "Quando o mercado de trabalho começar a gerar postos de trabalho a ponto de dar conta do aumento da procura por emprego, haverá queda na taxa", disse.

Na média das seis regiões, o número de desocupados (sem trabalho e em busca de emprego) somou 1,78 milhão em março, com aumento de 3,9% ante o mês anterior, com mais 67 mil pessoas de um mês para o outro. Na comparação com igual mês do ano passado, porém, houve queda de 14%.

A elevação da taxa não surpreendeu analistas econômicos que, segundo levantamento feito pela Agência Estado, esperavam, em média, exatamente a taxa apurada pelo IBGE no mês. Para Bernardo Wjuniski, da Tendências Consultoria, os dados "ainda evidencia um mercado de trabalho aquecido, mas em um ritmo mais brando do que o observado nos últimos meses".

Os analistas da LCA Consultores, por sua vez, destacam em relatório sobre a pesquisa o que avaliam como "elevação robusta" no número de ocupados no mês.

Segundo o IBGE, o número de ocupados somou 21,748 milhões em março, com aumento de 0,4% ante fevereiro e alta de 3,8% ante março de 2009, no maior aumento ante igual mês de ano anterior apurado desde junho de 2008. Foram geradas 796 mil vagas em março deste ano comparativamente a igual mês do ano passado.

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