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Após três meses de queda, demanda das empresas por crédito se recupera em julho

Na análise anual, as grandes empresas foram as únicas que registraram alta, de 5,5%.

Após três meses de queda, a demanda das empresas  por crédito voltou a crescer, influenciada pelo crescimento econômico, e registrou no mês de julho uma elevação de 0,5% frente a junho, de acordo com o Indicador Serasa Experian da Demanda das Empresas por Crédito.

Segundo os dados divulgados nesta terça-feira (17), na comparação com julho do ano passado, contudo, a procura por crédito pelas empresas registrou queda de 1,9%, a primeira queda na comparação anual desde outubro de 2009. Com o resultado do mês passado, o acumulado de janeiro a julho deste ano avançou 7,7% sobre o mesmo período do ano passado.

Porte e setor
Analisando o resultado mensal por porte, pode-se verificar que as grandes empresas puxaram a alta por crédito em julho, pois apresentaram alta de 1,6% frente a junho. As médias, por sua vez, registraram aumento de 1% e as MPEs foram as que menos procuraram crédito no último mês, pois o indicador apresentou incremento abaixo da média geral, ficando em 0,4%.

Na análise anual, as grandes empresas foram as únicas que registraram alta, de 5,5%. Já as médias empresas e MPEs apresentaram recuos de 10,1% e 1,5%, respectivamente.

No acumulado dos sete primeiros meses do ano, as grandes empresas registraram alta de 12,1% na procura por crédito, as MPEs registraram avanço de 8,6% e as médias foram as únicas que apresentaram recuo, de 8,5%, entre janeiro e julho. Segundo os analistas da Serasa, as médias empresas ainda não encontram um mercado externo dinâmico que facilitem as suas exportações.

Considerando os setores, na comparação com junho deste ano, apenas o Comércio registrou aumento, de 1%. A Indústria foi a que menos procurou crédito e registrou queda de 0,5% na demanda. O segmento de Serviços, por sua vez, apresentou leve recuo de 0,1% no indicador.

Na comparação com julho de 2009, novamente o Comércio foi o único que registrou aumento na demanda, de 0,5%. O setor industrial se retraiu (- 2,2%), assim como o de serviços, que registrou queda de 4,8% na demanda por crédito no mês passado.

Considerando os resultados do ano, as empresas de todos os segmentos registraram aumentos na demanda por crédito, com destaque para o Comércio (8,8%). O setor de serviços também apresentou aumento, de 6,9%, assim como o industrial (4,9%).

Análise regional
Quanto à análise regional, em três das cinco regiões foram verificados aumentos na procura por crédito frente a junho deste ano. No período, o destaque ficou com a região Nordeste, cuja busca foi 1,8% maior. No Sul, o indicador registrou avanço de 1,2% e no Sudeste, de 0,3%. Já nas regiões Norte e Centro-Oeste foram verificados recuos, de 0,5% e 2%, respectivamente.

Na comparação anual, as empresas de todas as regiões procuraram menos crédito. O destaque ficou com a região Norte, cujo indicador caiu 4,4%. No Centro-Oeste a queda foi de 3,1%, seguida pelas regiões Nordeste (-2,1%), Sudeste (-2%) e Sul (-0,3%).

No acumulado dos sete primeiros meses do ano todas as regiões registraram incrementos na busca por crédito, frente a 2009. O destaque ficou com a região Nordeste, cuja busca foi 11,1% maior no período, seguida pela região Centro-Oeste (10,5%), Norte (7,8%), Sudeste (7,2%) e Sul (5%).

Sobre a pesquisa
O estudo foi construído a partir de uma amostra de cerca de 1,2 milhão de CNPJs, consultados mensalmente na base de dados da Serasa Experian. Esta quantidade de CNPJs consultados, especificamente nas transações que configuram alguma relação creditícia entre as empresas e instituições do sistema financeiro ou empresas não-financeiras, é transformada em número índice (média de 2008 = 100). O início é 2008. O indicador é segmentado por região geográfica, setor e porte.

INDICADORES FINANCEIROS

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Atualizado em: 25/11/2024 19:52

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INCC-DI 0,70% 0,58% 0,68%
INPC (IBGE) -0,14% 0,48% 0,61%
IPC (FIPE) 0,18% 0,18% 0,80%
IPC (FGV) -0,16% 0,63% 0,30%
IPCA (IBGE) -0,02% 0,44% 0,56%
IPCA-E (IBGE) 0,19% 0,13% 0,54%
IVAR (FGV) 1,93% 0,33% -0,89%