Avenida Julio Borella, 805 - Sala 207 - Top Center Avenida, Centro - Marau/RS
  • (54) 3342-0944
  • (54) 3342-8740
  • (54) 9104-9625

Mais do que prestação de serviços...

Uma parceria!

Dólar volta a cair e já está no nível pré-crise

Moeda americana fecha a R$ 1,69, menor valor desde 3 de setembro de 2008

Autor: Leandro ModéFonte: EstadãoTags: dolar

O dólar voltou para o nível em que se encontrava antes do estouro da crise econômica mundial. A moeda americana encerrou a quinta-feira valendo R$ 1,692, menor valor desde 3 de setembro de 2008, 12 dias antes da quebra do banco de investimentos americano Lehman Brothers.

Nas últimas semanas, a pressão pela valorização do real veio de todos os lados: tendência global de desvalorização do dólar, capitalização da Petrobrás e emissões recordes de empresas brasileiras no exterior, entre outros fatores.

A situação preocupa o governo por causa do impacto negativo que o real mais forte provoca nas exportações brasileiras, sobretudo de bens manufaturados. Além de preparar medidas para tentar conter a tendência (que só devem ser anunciadas após o primeiro turno das eleições), autoridades têm reclamado da postura das nações desenvolvidas. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, por exemplo, classificou o atual momento do mercado de câmbio global como uma "guerra".

Ontem, foi a vez de o presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, criticar os países desenvolvidos, que têm procurado manter suas moedas fracas para estimular as exportações e, com isso, alavancar o crescimento econômico.

"Nós não podemos simplesmente permitir que as nossas economias sejam desequilibradas enquanto permitimos que outras economias sejam equilibradas", afirmou, em Londres.

Ele se referia a medidas de expansão monetária promovidas pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que têm como efeito colateral a desvalorização do dólar em relação a outras moedas.

Nos bastidores, porém, integrantes de alto escalão do governo admitem que, na atual conjuntura, é impossível brecar a valorização do real. Só é factível amenizá-la. Em primeiro lugar, por causa do movimento dos investidores globais em busca de maior rentabilidade nos países que mais crescem hoje, justamente os emergentes.

Em segundo, porque o Brasil precisa financiar, nos próximos anos, pesados investimentos. Como não dispõe de recursos suficientes internos (porque nem o governo nem o setor privado têm poupança para tanto), precisa importar capital.

Quando importa capital, um efeito colateral é a valorização do real. Foi o que ocorreu em setembro, antes, durante e depois da megacapitalização da Petrobrás, que trouxe para o País quase US$ 25 bilhões.

A economista-sênior para América Latina do RBS, Zeina Latif, projeta um dólar a R$ 1,75 no fim deste ano e R$ 1,85 no fim do ano que vem. Segundo ela, apesar dos fluxos provavelmente positivos para o Brasil nos próximos anos, o real deve se desvalorizar por causa do forte crescimento do déficit em conta corrente (que mede as relações de uma nação com o exterior e inclui, por exemplo, balança comercial e de serviços).

O próprio Banco Central divulgou recentemente que projeta um rombo recorde de US$ 60 bilhões na conta corrente no ano que vem, o equivalente a 2,8% do Produto Interno Bruto (PIB). / COM REUTERS

INDICADORES FINANCEIROS

Indicadores diários

Compra Venda
Dólar Americano/Real Brasileiro 5.8663 5.8679
Euro/Real Brasileiro 6.3525 6.3605
Atualizado em: 01/11/2024 17:30

Indicadores de inflação

07/2024 08/2024 09/2024
IGP-DI 0,83% 0,12% 1,03%
IGP-M 0,61% 0,29% 0,62%
INCC-DI 0,72% 0,70% 0,58%
INPC (IBGE) 0,26% -0,14% 0,48%
IPC (FIPE) 0,06% 0,18% 0,18%
IPC (FGV) 0,54% -0,16% 0,63%
IPCA (IBGE) 0,38% -0,02% 0,44%
IPCA-E (IBGE) 0,30% 0,19% 0,13%
IVAR (FGV) -0,18% 1,93% 0,33%