- (54) 3342-0944
- (54) 3342-8740
- (54) 9104-9625
Dólar cai para R$ 1,543, a menor cotação desde 1999
Declarações da presidente Dilma ofuscam nova ameaça do ministro da Fazenda e moeda americana fecha a R$ 1,543, queda de 0,77%
O dólar renovou ontem a menor cotação desde o início de 1999 (mais especificamente, 18 de janeiro), quando o então governo Fernando Henrique Cardoso liberou o mercado cambial. A moeda americana encerrou a segunda-feira cotada a R$ 1,543, queda de 0,77%.
As declarações da presidente Dilma Rousseff, na sexta-feira, de que não pode tomar nenhuma medida precipitada no câmbio sem olhar com cuidado o cenário internacional, continuaram ecoando no mercado.
Os investidores se sentiram estimulados a apostar na valorização do real, diante da batalha do governo para o combate à inflação. Além disso, segundo fontes de mercado, houve fluxo cambial positivo.
Diante do enfraquecimento do dólar desde cedo, o Banco Central (BC) reforçou a compra, por meio de dois leilões no mercado à vista. Também fez um leilão a termo (futuro) para 2 de agosto, o que não ocorria desde abril.
A despeito da sinalização da presidente Dilma na sexta-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, garantiu que o governo continua olhando seriamente para o câmbio e há sempre propensão para medidas para conter a alta do real (ler mais abaixo).
Ele reafirmou ainda que o "combate à inflação é uma questão de honra para o governo". "O Brasil seguirá empenhado no controle da inflação e vai continuar a tomar todas as medidas necessárias para que isso ocorra" disse o ministro.
Mantega afirmou que o IPCA de julho deve ter um número parecido com o do IPCA-15, que subiu 0,10% neste mês.
O secretário do Tesouro Nacional fez coro com Mantega: "Sempre estamos avaliando câmbio e possíveis ações. Isso é uma rotina", afirmou Arno Augustin, ressaltando que é "preciso observar qual a ação mais eficiente".
Ele acrescentou que não há um "momento" determinado em que o governo vai parar de analisar medidas para o câmbio.
Essas declarações das duas autoridades tiveram apenas o efeito de limitar uma queda maior do dólar nesta segunda-feira. "Dilma é quem manda, é a presidente e o que ela disse enfraquece os alertas das outras autoridades, que têm sido recorrentes. O mercado acha que o dólar pode ficar mais fraco e sabe que em algum momento o Banco Central pode atuar de forma mais direta e forte no câmbio, como hoje (ontem), com leilão a termo", afirmou o operador José Carlos Amado, da Renascença Corretora.
No mercado externo, a aproximação do prazo final para um acordo sobre a elevação do limite de endividamento público nos EUA, em 2 de agosto, pesou sobre o sentimento dos investidores. O impasse político sobre aumento do limite de dívida americana deixa no ar a incerteza sobre se os EUA poderão manter sua classificação de risco no nível máximo (AAA).
INDICADORES FINANCEIROS
Indicadores diários
Compra | Venda | |
---|---|---|
Dólar Americano/Real Brasileiro | 5.8673 | 5.8694 |
Euro/Real Brasileiro | 6.3547 | 6.3627 |
Atualizado em: 01/11/2024 20:59 |
Indicadores de inflação
07/2024 | 08/2024 | 09/2024 | |
---|---|---|---|
IGP-DI | 0,83% | 0,12% | 1,03% |
IGP-M | 0,61% | 0,29% | 0,62% |
INCC-DI | 0,72% | 0,70% | 0,58% |
INPC (IBGE) | 0,26% | -0,14% | 0,48% |
IPC (FIPE) | 0,06% | 0,18% | 0,18% |
IPC (FGV) | 0,54% | -0,16% | 0,63% |
IPCA (IBGE) | 0,38% | -0,02% | 0,44% |
IPCA-E (IBGE) | 0,30% | 0,19% | 0,13% |
IVAR (FGV) | -0,18% | 1,93% | 0,33% |