- (54) 3342-0944
- (54) 3342-8740
- (54) 9104-9625
O aumento abrupto do dólar no Brasil
É natural que em um ambiente de incertezas os investidores procurem se proteger, sacando dólares do ambiente brasileiro
Em uma semana, o dólar valorizou 7,6%, tendo um pico nesse período de quase 15%. Parece que, definitivamente, a economia brasileira absorveu os impactos da recente crise econômica mundial. O que se viu neste período foi uma fuga maciça de dólares do Brasil, por conta de algumas notícias ruins – tanto do ambiente externo quanto interno.
Há evidências de que a crise na Europa possa se agravar, levando mais países àmoratória, além da possibilidade de quebras no setor financeiro. A economiaamericana mostra-se incapaz de reagir e, para piorar, o ambiente político éturbulento e já começa a se antecipar às eleições presidenciais de 2012. A economia japonesa derrapa há pelo menos vinte anos, tendo o quadro agravadopelas condições naturais catastróficas. No ambiente interno, a política econômica do governo Dilma dá sinais de que poderá haver certa ruptura com o passado, a partir de algumas decisões do governo federal quanto aos três pilares da política econômica: o controle da inflação, regime de câmbio flutuante e formação de superávit primário para o pagamento de juros da dívida ao tripé.
Sendo assim, é natural que neste ambiente, carregado de incertezas, os investidores procurem se proteger, sacando dólares do ambiente brasileiro em busca de alternativas menos arriscadas. O Banco Central (BC) interveio no mercado (o que não fazia há dois anos) com o objetivo de limitar a disparado do dólar. Neste ponto, o BC temmuita munição para intervenção, pois possui um elevado saldo de reservas internacionais.
A forte volatilidade do dólar afeta negativamente as decisões tomadas pelos agentes econômicos, prejudicando o crescimento econômico do país, que já vem dando sinais de queda. Por fim, a grande questão não é o patamar da taxa de câmbio (apesar de polêmica), mas a oscilação da taxa, que embute mais risco nas decisões tomadas, em que mais uma vez, quem paga a conta é o consumidor.
INDICADORES FINANCEIROS
Indicadores diários
Compra | Venda | |
---|---|---|
Dólar Americano/Real Brasileiro | 5.6769 | 5.6779 |
Euro/Real Brasileiro | 6.0901 | 6.105 |
Atualizado em: 07/11/2024 01:37 |
Indicadores de inflação
08/2024 | 09/2024 | 10/2024 | |
---|---|---|---|
IGP-DI | 0,12% | 1,03% | |
IGP-M | 0,29% | 0,62% | 1,52% |
INCC-DI | 0,70% | 0,58% | |
INPC (IBGE) | -0,14% | 0,48% | |
IPC (FIPE) | 0,18% | 0,18% | 0,80% |
IPC (FGV) | -0,16% | 0,63% | |
IPCA (IBGE) | -0,02% | 0,44% | |
IPCA-E (IBGE) | 0,19% | 0,13% | 0,54% |
IVAR (FGV) | 1,93% | 0,33% |