Avenida Julio Borella, 805 - Sala 207 - Top Center Avenida, Centro - Marau/RS
  • (54) 3342-0944
  • (54) 3342-8740
  • (54) 9104-9625

Mais do que prestação de serviços...

Uma parceria!

Pendurados no cheque especial

Brasileiros gastam além da conta e, para complementar o orçamento, pagam juros médios de 186,7% ao ano

O uso contínuo do cheque especial, uma das formas de financiamento mais caras do mercado, vem contribuindo para deixar o orçamento do brasileiro no osso. Segundo a Caixa Econômica Federal, a procura por essa linha de crédito tem sido tão forte que, nos últimos 12 meses, os desembolsos a seus clientes aumentaram 50,1%, salto maior do que os 39,5% verificados na carteira total de empréstimos concedidos pela instituição. Pelos dados do Banco Central, os brasileiros deviam, em setembro, R$ 25,4 bilhões no cheque especial, saldo 13,2% maior do que o computado no mesmo mês de 2010.

Em média, os consumidores que costumam avançar o sinal nos gastos estão ficando 22 dias do mês pendurados nessa fórmula automática de crédito, pagando uma taxa de juros proibitiva, de 186,7% ao ano. Não à toa, os especialistas estão assustadíssimos com a péssima qualidade da dívida dos brasileiros — de curtíssimo prazo e caríssima —, o que pode levar rapidamente ao calote. A receita, então, é ir às compras com muita cautela, sobretudo neste fim de ano, quando a tentação de gastar aumenta.

Diagnóstico
Especialista em educação financeira, Mário Calil atribuiu o aumento do uso do cheque especial à alta da inflação, que corroeu parte do poder de compra das famílias, situação agravada pela desorganização do orçamento. "Portanto, todo cuidado é pouco na hora de consumir. O descontrole nas despesas, a sensação de riqueza e as facilidades oferecidas pelo comércio levam ao acúmulo de dívidas. E quanto maior for o nível de endividamento, maior será a dificuldade para quitar as pendências", afirmou. "O mais
importante é controlar os gastos para que se evite ao máximo comprometer todo o orçamento e ficar pendurado no cheque especial", reforçou.

Para controlar as dívidas, a fórmula é simples, disse o educador financeiro Reinaldo Domingos. A primeira atitude é cortar os supérfluos e restringir o consumo a produtos de necessidade efetiva. "É importante destacar que os consumidores precisam ter consciência diante dos gastos", observou. Segundo ele, é vital que as pessoas diagnostiquem os gastos, identifiquem o que é sonho e poupem. "Com esse diagnóstico, é possível enxergar como o dinheiro está sendo gasto. E para não deixar de lado os sonhos de consumo, é preciso orçar. Quanto vai custar o objeto de desejo, se a compra será à vista ou a prazo e quanto vai sobrar do salário. Feito isso, é preciso pensar em poupar para ter a garantia de um futuro melhor", explicou.

R$ 118 bilhões
Total da primeira parcela do 13° salário a ser paga neste mês em todo o Brasil

INDICADORES FINANCEIROS

Indicadores diários

Compra Venda
Dólar Americano/Real Brasileiro 5.6769 5.6779
Euro/Real Brasileiro 6.0901 6.105
Atualizado em: 07/11/2024 02:37

Indicadores de inflação

08/2024 09/2024 10/2024
IGP-DI 0,12% 1,03%
IGP-M 0,29% 0,62% 1,52%
INCC-DI 0,70% 0,58%
INPC (IBGE) -0,14% 0,48%
IPC (FIPE) 0,18% 0,18% 0,80%
IPC (FGV) -0,16% 0,63%
IPCA (IBGE) -0,02% 0,44%
IPCA-E (IBGE) 0,19% 0,13% 0,54%
IVAR (FGV) 1,93% 0,33%