Avenida Julio Borella, 805 - Sala 207 - Top Center Avenida, Centro - Marau/RS
  • (54) 3342-0944
  • (54) 3342-8740
  • (54) 9104-9625

Mais do que prestação de serviços...

Uma parceria!

Da gestão familiar à governança corporativa

Ser executivo em uma empresa familiar não é uma tarefa para qualquer um

É bastante comum o uso da expressão "profissionalização da gestão" quando tratamos da transição da gestão familiar, conduzida pelo fundador da empresa ou familiares sucessores, e a gestão feita por profissionais sem vínculo de parentesco com a família. Essa expressão é equivocada e, de certa forma, ofensiva à família fundadora de empresa, pois sugere que sua gestão não seria profissional.


Existem aspectos positivos e negativos em ambos os modelos de gestão, mas "profissionalismo" certamente não é o que faz a diferença entre elas. Não podemos ignorar o fato de que a maioria dos argumentos a favor da "profissionalização da gestão" vem de "profissionais". Logo, não são completamente isentos.

Um dos argumentos mais utilizados para criticar a gestão familiar é seu "personalismo". Os acionistas, acumulando a função de gestores, tenderiam a "misturar" seus interesses pessoais com os da empresa. Mas, convenhamos: na prática, não são poucos os executivos "profissionais" que têm a mesma atitude. Aliás, ao optar pela gestão por executivos contratados, os acionistas devem contar com isso e adotar sistemas de incentivo que alinhem os interesses "pessoais" com os objetivos da empresa.

Vamos abandonar a expressão "gestão profissional" e substitui-la por "estrutura de governança corporativa". Uma estrutura (ou sistema) de governança corporativa convencional pressupõe que os acionistas têm um lugar especialmente reservado para eles (o board), que a gestão será feita por executivos contratados em função de sua competência e que serão estabelecidos processos para garantir que a "alta gerência" trabalhe alinhada com os interesses dos acionistas, sem se esquecer dos demais stakeholders (partes interessadas).

Traduzindo, uma estrutura de governança corporativa visa a garantir que a empresa seja dirigida com a mesma determinação e comprometimento da gestão familiar e, no mínimo, com a mesma competência.

Essa "complicação" só se justifica quando:

- os fundadores já não têm interesse em administrar diretamente a empresa;

- a empresa cresceu muito ou o contexto sofreu grandes alterações, de modo que os empreendedores/fundadores já não reúnem as competências requeridas para a gestão cotidiana do negócio;

- uma nova geração de acionistas não tem interesse ou a competência requerida para a gestão do negócio;

- existem problemas insuperáveis de sucessão na família fundadora.

Em qualquer dos casos, essa transição não é fácil. O desafio recorrente que mais observo é o da confiança. Costuma ser muito difícil para os fundadores acreditar que um executivo contratado vá cuidar do seu negócio com a mesma preocupação e dedicação. Isso gera um dos problemas mais comuns na fase de transição: a dificuldade para delegar autoridade de forma compatível com a responsabilidade.

Pode parecer óbvio que contratar um diretor geral (ou CEO) significa que ele deva ser o responsável por conduzir a empresa. Mas não espere que a transferência de autoridade para tanto seja automática e sem traumas.

Na medida em que a "alta gerência" (ou seja, os executivos contratados para dirigir a empresa) assumam sua responsabilidade e exerçam a autoridade correspondente, apenas prestando contas ao board de acionistas, é relativamente comum um sentimento de insegurança e a expressão "ditadura dos executivos" (ou alguma semelhante) passa a frequentar os encontros privados de acionistas, traduzindo o sentimento de que os executivos contratados querem "mandar na empresa".

Esse sentimento dificilmente é superado pelos sócios-fundadores e justifica suas idas, vindas e interferências na gestão durante a fase de transição, mesmo quando a empresa vai bem e supera resultados.

Em algumas situações as interferências beiram o assédio moral, mas há que se dizer em defesa dos acionistas que entregar sua empresa na mão de "estranhos" não é uma tarefa trivial.

Cabe aos executivos contratados compreender essa situação e procurar conquistar a confiança dos acionistas sendo o mais transparente possível em suas ações e decisões, sem arrogância ou melindres.

Se não tiver paciência ou talento para tanto, melhor procurar emprego em companhias de capital aberto, onde os problemas serão outros.

INDICADORES FINANCEIROS

Indicadores diários

Compra Venda
Dólar Americano/Real Brasileiro 5.973 5.9737
Euro/Real Brasileiro 6.3091 6.3251
Atualizado em: 29/11/2024 20:59

Indicadores de inflação

08/2024 09/2024 10/2024
IGP-DI 0,12% 1,03% 1,54%
IGP-M 0,29% 0,62% 1,52%
INCC-DI 0,70% 0,58% 0,68%
INPC (IBGE) -0,14% 0,48% 0,61%
IPC (FIPE) 0,18% 0,18% 0,80%
IPC (FGV) -0,16% 0,63% 0,30%
IPCA (IBGE) -0,02% 0,44% 0,56%
IPCA-E (IBGE) 0,19% 0,13% 0,54%
IVAR (FGV) 1,93% 0,33% -0,89%