Avenida Julio Borella, 805 - Sala 207 - Top Center Avenida, Centro - Marau/RS
  • (54) 3342-0944
  • (54) 3342-8740
  • (54) 9104-9625

Mais do que prestação de serviços...

Uma parceria!

Inflação deve desacelerar ainda mais com queda do IPI

Recuo do IPCA em maio reduz projeções de taxa para o ano, alivia o governo e reforça nova queda dos juros

A queda do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em maio traz um alívio para o governo da presidente Dilma Rousseff e abre espaço para a flexibilização da política monetária do Banco Central, ou seja, novos cortes na taxa básica de juros, atualmente em 8,5% ao ano. Além disso, reforça a aposta de inflação abaixo dos 5% em 2012, caminhando mais fortemente para o centro da meta — definida em 4,5%. “O resultado do IPCA nos dá um grau de liberdade para termos política monetária mais flexível”, afirmou o ministro da Fazenda, Guido Mantega. A percepção é de que a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis também ajudará a dar uma folga no índice de preços próximos meses. “A economia já está em rota de crescimento positiva. As vendas do setor automotivo cresceram muito, 10,8%, e isso antes ainda de entrarem as ações de estímulos. Na verdade, só na última semana de maio que houve aquele estímulo de redução do IPI que gerou a redução de preços nos automóveis”, afirmou Mantega.

O indicador, medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, apontou inflação de 0,36% no mês passado, quase a metade da taxa registrada em abril, de 0,64%. Com isso, acumula no ano 2,24% e, em 12 meses, 4,99% — menor índice desde setembro de 2010 (4,70%). “O IPCA veio favorável ao governo e ao Banco Central”, disse Inês Filipa, economista-chefe da ICAP do Brasil CTVM. “Esse resultado reduz a inflação para o ano”, acrescentou ela, que já considera inflação abaixo de 4,9% em 2012.

Diante do dado divulgado na última quarta-feira pelo IBGE, a consultoria Austin Asis também reduziu sua projeção para o ano, de 5,4% para 4,9%. Na avaliação do economista Italo Lombardi, do banco Standard Chartered, o “IPCA de maio trouxe resultados consistentes com o cenário do BC de inflação mais moderada, resultado de crescimento doméstico mais fraco e preços menores das commodities”. “Mantemos nossa visão de que a inflação deve encerrar o ano ao redor do patamar atual, ou até ligeiramente abaixo de 5%”, acrescentou.

O diretor de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco, Octavio de Barros, vai na linha das declarações do ministro da Fazenda e espera continuidade da desaceleração da inflação em junho, refletindo a redução do IPI sobre automóveis, medida que deverá trazer importante alívio para a inflação ao consumidor nos próximos meses. A descompressão na inflação de maio foi influenciada, principalmente, pelos grupos despesas pessoais, transportes e comunicação (veja quadro abaixo). No caso de despesas pessoais, a inflação recuou de 2,23% para 0,60% entre abril e maio. O destaque do grupo foi o cigarro, cuja variação passou de 15,04% para 4,64%. Este resultado refletiu aumentos praticados em abril, combinados com recuos nos novos preços ocorridos em maio.

A desaceleração nos preços de empregados domésticos — de 1,86% para 0,66%— também ajudou o segmento. O item transportes, por sua vez, saiu de uma alta de 0,10% para queda de 0,58%. O principal impacto individual para baixo veio das passagens aéreas, que apresentaram queda média de 0,06 ponto percentual em razão da redução de 10,85% nas tarifas. As despesas com comunicação recuaram 0,19%, em relação ao mês anterior, quando haviam registrado alta de 0,46%. Isso ocorreu porque as ligações de telefonia fixa para móvel voltaram, em 25 de abril, ao valor anterior ao reajuste, eliminando o aumento verificado a partir de 11 de março, o que provocou queda de 1,40%no gasto com telefone fixo, após alta de 0,57% anteriormente. ¦

Com Reuters e Bloomberg

INDICADORES FINANCEIROS

Indicadores diários

Compra Venda
Dólar Americano/Real Brasileiro 5.7796 5.7801
Euro/Real Brasileiro 6.182 6.19
Atualizado em: 08/11/2024 14:40

Indicadores de inflação

08/2024 09/2024 10/2024
IGP-DI 0,12% 1,03% 1,54%
IGP-M 0,29% 0,62% 1,52%
INCC-DI 0,70% 0,58% 0,68%
INPC (IBGE) -0,14% 0,48%
IPC (FIPE) 0,18% 0,18% 0,80%
IPC (FGV) -0,16% 0,63% 0,30%
IPCA (IBGE) -0,02% 0,44%
IPCA-E (IBGE) 0,19% 0,13% 0,54%
IVAR (FGV) 1,93% 0,33%