Avenida Julio Borella, 805 - Sala 207 - Top Center Avenida, Centro - Marau/RS
  • (54) 3342-0944
  • (54) 3342-8740
  • (54) 9104-9625

Mais do que prestação de serviços...

Uma parceria!

Juros e dólar congelam diante de incertezas

Essa é a taxa que mercado projeta para o juro básico ao fim do atual ciclo de afrouxamento monetário conduzido pelo BC para reaquecer a economia.

Os juros fecharam estáveis ontem, em uma sessão marcada pela cautela dos investidores com relação ao novo pacote governamental e às declarações do diretor do Banco Central. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o contrato com vencimento em janeiro de 2013 fechou estável a 7,25%. Essa é a taxa que mercado projeta para o juro básico ao fim do atual ciclo de afrouxamento monetário conduzido pelo BC para reaquecer a economia.

Fora da BM&F, o destaque ontem foi a segunda etapa do leilão de Notas do Tesouro Nacional Série B (NTN-B), em que o governo ofertou 8 milhões de papéis com vencimentos entre 2016 e 2050.

A Nomura Securities ponderou que a grande oferta de NTN-Bs, títulos corrigidos pelo IPCA, deve substituir parte do estoque restante de NTN-As nas carteiras de bancos, em especial de instituições estrangeiras. Esses papéis foram usados pelo governo brasileiro na reestruturação da dívida externa em 1994. Para a instituição financeira, o leilão pode refletir no mercado de câmbio, conforme haja ou não substituição do estoque de NTN-A, estimado em até US$ 4 bilhões.

Sobre a estabilidade das taxas e fraco volume na BM&F, o gerente de tesouraria do Banif, Eduardo Galasini, avalia que prevalece a incerteza no mercado.

"O [diretor de política monetária do Banco Central]

Hamilton disse que os juros vão continuar baixos em patamares internacionais. A questão é saber se isso é possível porque o Brasil ainda tem deficiências grandes em infraestrutura", disse.

Para ele, o mercado desconfia da capacidade da economia brasileira para manter juros reais abaixo de 3% ao ano sem alimentar inflação quando a demanda voltar.

Para o ex-presidente do Banco Central e presidente do conselho administrativo da Rio Bravo, Gustavo Franco, o BC vai sim testar os limites, ou seja, os cortes da Selic continuarão. A combinação de inflação na meta, emprego elevado e pouca demanda é quase "um almoço grátis" para o BC.

No entanto, como a política fiscal não ajuda e o governo caminha para aumentar mais os gastos, é possível que o país passe por mais um ciclo de alta de juros, antes de voltar testar taxas ainda mais baixas.

"Essa combinação de aumento de gasto e juro baixo pode levar a economia a um superaquecimento", disse Franco em palestra promovida pela Gradual Investimentos.

Para o economista, o setor público já reviu seu papel, mas tem de fazer mais ainda. O governo tem de aprender a viver dentro do seu limite. A ideia é fazer um superávit maior, para amortizar dívida e passar a ter déficit zero.

De acordo com Franco, vencida a luta contra a inflação, o foco todo está nos juros e a história, nos dois casos é a mesma, a necessidade de se rever as finanças públicas.

Sobre a taxa de câmbio, o ex-presidente do BC, diz que não se consegue manter o câmbio artificialmente desvalorizado por muito tempo.

De acordo com Franco, sem recaídas no quadro externo, o dólar deve ir para baixo. Movimento que deve ser impulsionado pela volta do investimento estrangeiro.

Ontem, o dólar seguiu dentro da sua banda de oscilação dos últimos dias de R$ 2,02 a R$ 2,03.

A moeda caiu 0,20%, para fechar a R$ 2,023. Na BM&F, o dólar para setembro cedeu 0,24%, encerrando a R$ 2,0295.

INDICADORES FINANCEIROS

Indicadores diários

Compra Venda
Dólar Americano/Real Brasileiro 5.8061 5.8071
Euro/Real Brasileiro 6.12 6.135
Atualizado em: 14/11/2024 00:06

Indicadores de inflação

08/2024 09/2024 10/2024
IGP-DI 0,12% 1,03% 1,54%
IGP-M 0,29% 0,62% 1,52%
INCC-DI 0,70% 0,58% 0,68%
INPC (IBGE) -0,14% 0,48% 0,61%
IPC (FIPE) 0,18% 0,18% 0,80%
IPC (FGV) -0,16% 0,63% 0,30%
IPCA (IBGE) -0,02% 0,44% 0,56%
IPCA-E (IBGE) 0,19% 0,13% 0,54%
IVAR (FGV) 1,93% 0,33% -0,89%