- (54) 3342-0944
- (54) 3342-8740
- (54) 9104-9625
Gastar melhor para gastar menos
O problema do Brasil não é a quantidade de recursos dispendidos, mas sim, a qualidade do gasto
Boa parte do nível elevado de gastos públicos das economias emergentes, especialmente no Brasil, vem de equívocos nas políticas anticíclicas adotadas a partir da crise de 2008. Um estudo do Fundo Monetário Internacional mostra que estímulos adotados em 2009 não foram revertidos quando o crescimento foi retomado. No Brasil, por exemplo, aumentaram-se despesas com servidores, que não são reversíveis. Pelo estudo, a relação gastos públicos/PIB está hoje, em média, 4% acima do nível de 2007 nestes países. Significa que não aproveitaram a crise para melhorar os fundamentos.
Em palestra recente, o ministro da fazenda, Joaquim Levy, reafirmou que contenção de carga tributária depende da qualidade e quantidade do gasto público. Por outro lado, existe uma corrente no governo que estranhamente se diz “desenvolvimentista”. Eles propõem o aumento dos gastos públicos e aumento de impostos para animar a economia. É proposta que não se sustenta e, pelo contrário, desestimula investimentos. Crescimento consistente depende de medidas que restabeleçam a competitividade e não de manobras que alimentem ainda mais o Custo Brasil.
Claro que para conter o aumento dos gastos públicos, é necessário também tornar menos engessado o orçamento da União, que obriga ao crescimento uma série de despesas em linha com a expansão da economia ou da arrecadação. Hoje, inclusive, não é permitido fazer uma poupança nos anos prósperos para enfrentar os períodos difíceis. Na contramão, o país está querendo aumentar os gastos obrigatórios com educação e saúde.
Certamente, o problema do Brasil não é a quantidade de recursos dispendidos, mas sim, a qualidade do gasto. Na educação, por exemplo, já gastamos 6% do PIB, mais do que os 5% da Coreia do Sul, que é referência na área, e de outros países que têm bom desempenho. Pátria Educadora não se constrói com mais gastos e sim ensinando bons valores e ensinando a gastar bem.
INDICADORES FINANCEIROS
Indicadores diários
Compra | Venda | |
---|---|---|
Dólar Americano/Real Brasileiro | 5.801 | 5.8015 |
Euro/Real Brasileiro | 6.0398 | 6.0478 |
Atualizado em: 22/11/2024 18:59 |
Indicadores de inflação
08/2024 | 09/2024 | 10/2024 | |
---|---|---|---|
IGP-DI | 0,12% | 1,03% | 1,54% |
IGP-M | 0,29% | 0,62% | 1,52% |
INCC-DI | 0,70% | 0,58% | 0,68% |
INPC (IBGE) | -0,14% | 0,48% | 0,61% |
IPC (FIPE) | 0,18% | 0,18% | 0,80% |
IPC (FGV) | -0,16% | 0,63% | 0,30% |
IPCA (IBGE) | -0,02% | 0,44% | 0,56% |
IPCA-E (IBGE) | 0,19% | 0,13% | 0,54% |
IVAR (FGV) | 1,93% | 0,33% | -0,89% |