Avenida Julio Borella, 805 - Sala 207 - Top Center Avenida, Centro - Marau/RS
- (54) 3342-0944
- (54) 3342-8740
- (54) 9104-9625
Crise afetará criação de empregos formais
Fonte: Jornal do Brasil
Ana Carolina Saito e Liliana Lavoratti
O mercado de trabalho já dá sinais de arrefecimento, acompanhando a redução do ritmo de crescimento da economia. Embora seja difícil prever a proporção dos impactos da crise no emprego e na renda em futuro próximo, o quadro não foge às perspectivas problemáticas de um cenário macroeconômico de recessão mundial e suas repercussões no Brasil – de uma expansão mais modesta do Produto Interno Bruto (PIB).
O processo de desaceleração do mercado de trabalho está em curso, mas deve ficar mais evidente a partir último trimestre deste ano, diz o economista da LCA Consultores Fábio Romão. De maio para agosto, afirma, a taxa mensal de crescimento do estoque de ocupados já caiu de 4,6% para 3,7%. E, segundo projeções da consultoria, a sua expansão anual deve passar de 3,4% em 2008 para 2,35% no próximo ano.
– Isso é efeito dos desdobramentos da crise e da elevação da taxa de juros – diz Romão.
O crescimento mais modesto terá reflexos na evolução da taxa de desemprego no país. Após expressiva redução de 9,3% em 2007 para os 7,8% estimados pela LCA neste ano, a média anual deve voltar a subir para 8,5% em 2009. O volume de empregos formais gerados no próximo ano será ainda robusto, mas bem inferior aos 2 milhões estimados para 2008.
A expectativa da consultoria é de que sejam criados em 2009 cerca de 1,4 milhão de postos com carteira assinada. Na previsão preliminar do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese), no melhor cenário – em que o aumento do PIB em 2009 ficaria entre 4,5% e 5% frente a 2008 –, o número de postos formais cairia para cerca da metade dos 2 milhões de novas vagas criadas neste ano.
Se o rebatimento da crise financeira global, entretanto, for muito grave para o Brasil, a geração de novas vagas seria menor ainda e o desemprego voltaria até mesmo a crescer, enfatiza o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lucio:
– Mas isso ocorrerá no caso de se instaurar no país um clima forte de insegurança em relação ao mercado interno, e se as empresas interromperem seus planos de investimentos e começarem a demitir.
Rendimentos
Esse quadro é o menos provável, pois significaria que o Brasil seria tão atingido pelos efeitos negativos da crise quanto os países europeus. O mesmo raciocínio vale para o comportamento da renda nesse cenário permeado de incertezas.
– Se os empregos deixarem de crescer, o crescimento da renda, que vinha num ritmo bom, também será afetado – acrescenta o diretor do Dieese. INDICADORES FINANCEIROS
Indicadores diários
Compra | Venda | |
---|---|---|
Dólar Americano/Real Brasileiro | 5.801 | 5.8015 |
Euro/Real Brasileiro | 6.0398 | 6.0478 |
Atualizado em: 22/11/2024 18:59 |
Indicadores de inflação
08/2024 | 09/2024 | 10/2024 | |
---|---|---|---|
IGP-DI | 0,12% | 1,03% | 1,54% |
IGP-M | 0,29% | 0,62% | 1,52% |
INCC-DI | 0,70% | 0,58% | 0,68% |
INPC (IBGE) | -0,14% | 0,48% | 0,61% |
IPC (FIPE) | 0,18% | 0,18% | 0,80% |
IPC (FGV) | -0,16% | 0,63% | 0,30% |
IPCA (IBGE) | -0,02% | 0,44% | 0,56% |
IPCA-E (IBGE) | 0,19% | 0,13% | 0,54% |
IVAR (FGV) | 1,93% | 0,33% | -0,89% |