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Dólar reduz em 60% o lucro das empresas

Fonte: Estadão
Renée Pereira Os lucros recordes das empresas de capital aberto nos últimos anos deram lugar a uma seqüência de resultados negativos no terceiro trimestre por causa da crise financeira. Levantamento feito pela empresa de informações financeiras Economática mostra que o ganho médio dessas companhias despencou 60,2% entre julho e setembro, comparado a igual período de 2007. Das 254 empresas analisadas, 85 delas tiveram prejuízo no trimestre e 44 inverteram o resultado (de lucro para prejuízo). As empresas que conseguiram se manter em terreno positivo obtiveram ganhos menores. O estudo não considera a Petrobrás nem os bancos. A deterioração do resultado trimestral é reflexo da valorização de quase 20% do dólar em relação ao real, diz o presidente da Economática, Fernando Exel. No início de julho, o dólar estava cotado a R$ 1,597 e saltou para R$ 1,902, em 30 de setembro. Isso teve impacto direto na dívida em dólar e elevou a despesa financeira de R$ 1,3 bilhão, em setembro de 2007, para R$ 19,5 bilhões este ano. Na Braskem, por exemplo, essas despesas subiram de R$ 39,5 milhões para R$ 1,9 bilhão, segundo dados da Economática. A empresa teve prejuízo de 849,2 milhões no período. “Essas companhias precisam marcar as posições a valores de mercado a cada período fechado para balanço”, diz o analista da Spinelli Corretora, Jaime Alves. Ele lembra que o dólar provocou perdas milionárias para empresas, como Sadia e Aracruz, que apostaram em derivativos “tóxicos” de câmbio. Os resultados operacionais das companhias no terceiro trimestre não foram atingidos. É que a crise financeira, detonada em 15 de setembro com a quebra do banco Lehman Brothers, ainda não tinha afetado a economia real e o consumo, diz o analista do Banco Modal, Eduardo Roche. O lucro operacional teve um crescimento, descontada a inflação, de 20,5%. As receitas atingiram níveis recordes, com alta de 14,2%. “Os ganhos obtidos nos últimos anos deixaram as empresas numa situação mais robusta. Mas, com a persistência das incertezas, as companhias podem ficar bastante fragilizadas”, diz o economista da MB Associados, Sergio Vale. As projeções para o último trimestre não são nada animadoras e os resultados podem ser ainda piores. Isso porque, além do efeito do câmbio, que já está em R$ 2,325, as exportações e o consumo interno podem se retrair. Alves, da Spinelli, diz que as exportadoras podem ter ganho de receita com a alta do dólar, que não apareceu no último trimestre. Mas sofrerão o efeito negativo do câmbio sobre as dívidas em moeda estrangeira e reflexo da queda das commodities nas receitas.

INDICADORES FINANCEIROS

Indicadores diários

Compra Venda
Dólar Americano/Real Brasileiro 5.5085 5.5101
Euro/Real Brasileiro 6.1292 6.1372
Atualizado em: 16/09/2024 17:06

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06/2024 07/2024 08/2024
IGP-DI 0,50% 0,83% 0,12%
IGP-M 0,81% 0,61% 0,29%
INCC-DI 0,71% 0,72% 0,70%
INPC (IBGE) 0,25% 0,26% -0,14%
IPC (FIPE) 0,26% 0,06% 0,18%
IPC (FGV) 0,22% 0,54% -0,16%
IPCA (IBGE) 0,21% 0,38% -0,02%
IPCA-E (IBGE) 0,39% 0,30% 0,19%
IVAR (FGV) 0,61% -0,18% 1,93%