Avenida Julio Borella, 805 - Sala 207 - Top Center Avenida, Centro - Marau/RS
- (54) 3342-0944
- (54) 3342-8740
- (54) 9104-9625
Governo vai estimular acordos para evitar demissões
Fonte: Diário do Comércio
Para contornar o risco de demissões em massa, o governo vai estimular empresários e sindicatos a negociar acordos coletivos que permitam a flexibilização pontual e temporária das regras trabalhistas. Mas terá o cuidado de não se envolver diretamente, nem intermediar ou ditar uma linha a ser seguida.
Ao chegar na noite de anteontem ao balneário baiano Costa do Sauípe, onde comanda até hoje quatro reuniões de cúpula de países latino-americanos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou claro que a intervenção do governo nessa situação seria prejudicial.
“Quanto mais distância o governo tiver da relação entre capital e trabalho, melhor”, afirmou Lula ao jornal O Estado de S. Paulo. “Os dirigentes sindicais estão muito habituados a fazer acordos. Os empresários, também. Eles se sentam à mesa e encontram um acordo”, resumiu. Questionado se, como o líder sindicalista que foi no passado, negociaria um acordo coletivo que suavizasse as leis trabalhistas para preservar empregos nesse momento de crise econômica, Lula evitou responder. Limitou-se a sorrir.
Fontes do Planalto informaram que, nas discussões do governo, foi levantada a hipótese da edição de uma medida provisória que permitisse a suspensão temporária das leis trabalhistas, como forma de atender à necessidade de corte de despesas das empresas e de preservação de postos de trabalho. Mas a idéia foi totalmente descartada. Outra proposta, a intermediação do governo em um acordo geral entre empresários e sindicatos, também acabou desconsiderada.
Caso Volks
Nos últimos dias, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, vem relatando a seus pares do governo um exemplo de acordo coletivo de estabilidade de emprego bem sucedido, que envolveu a Volkswagen e o Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo, em 1998, onde Lula fez carreira como dirigente sindical. Diante da ameaça de corte de milhares de postos de trabalho, a Volks e os trabalhadores concordaram em preservar a remuneração anual, em cortar horas extras e em diminuir o número de dias de funcionamento da fábrica. Essa iniciativa evitou o custo adicional da demissão - pagamento de férias e de décimo-terceiro proporcionais, além da multa contratual - e a perda de profissionais já preparados pela empresa para a atividade.
'O tempo do AI-5 já passou'
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse ontem que o governo vai adotar as medidas necessárias para evitar que os efeitos da crise tenham conseqüências ainda mais graves para a economia brasileira, especialmente no emprego. Ele rechaçou a proposta do presidente da Vale do Rio Doce, Roger Agnelli. “Suspender direitos dos trabalhadores, até onde eu sei, é inconstitucional. O tempo do AI-5 já passou. Vamos adotar as medidas que forem necessárias, mas não mandaremos a conta para o trabalhador.” Bernardo lembrou que o presidente Lula tem conversado com os empresários para avaliar o impacto da crise no Brasil, mas o ministro descartou discussões sobre “medidas de exceção” na legislação trabalhista. INDICADORES FINANCEIROS
Indicadores diários
Compra | Venda | |
---|---|---|
Dólar Americano/Real Brasileiro | 6.04 | 6.042 |
Euro/Real Brasileiro | 6.215 | 6.2305 |
Atualizado em: 15/01/2025 13:22 |
Indicadores de inflação
10/2024 | 11/2024 | 12/2024 | |
---|---|---|---|
IGP-DI | 1,54% | 1,18% | 0,87% |
IGP-M | 1,52% | 1,30% | 0,94% |
INCC-DI | 0,68% | 0,40% | 0,50% |
INPC (IBGE) | 0,61% | 0,33% | 0,48% |
IPC (FIPE) | 0,80% | 1,17% | 0,34% |
IPC (FGV) | 0,30% | -0,13% | 0,31% |
IPCA (IBGE) | 0,56% | 0,39% | 0,52% |
IPCA-E (IBGE) | 0,54% | 0,62% | 0,34% |
IVAR (FGV) | -0,89% | -0,88% | -1,28% |